Meu cheiro nunca foi suficente.
Talvez por não senti-lo,
Sempre quis um pouco mais.
Começei uma procura minuciosa de mão em mão,
Larguei-me nos delírios que cada essência,
E entre uma nuca e outra,
Todas me deram nauséas.
Tornei-me especialista na área.
Em dois tempos decifrava os cheiros,
E mesmo assim, nada completava.
Até que vi um vulto,
Que por não parecer humano,
Acolheu em mim a esperança do novo,
E corri loucamente à sua procura.
Foram dias de luta,
Até que paramos na porta do céu,
Um lugar feito de água, algodão-doce e você.
E quando você virou, e o vento bateu na sua face,
O seu perfume se misturou de imediato com o meu,
E descobri naquele momento, ter perdido em você,
A essência que me faltava.
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