Retrouve

Quando o coração manda que sejamos fortes,

É sinal que ressurgiu a nossa vocação para as lágrimas.

Aí lembramos que em algum lugar da vida,

Deixamos um papel escrito:

“Esse é o meu último choro, a saudade morre aqui”,

Mas longe do sumiço, volvemos de água os olhos,

E só então percebemos que as nossas firmes promessas de retidão,

São as que mais uma vez se debruçam sobre o batente.

Quando as palavras se vão

Decidi que iria parar de escrever.
Coração perturbado e palavras,
Têm o mesmo risco de bebida e direção.

Agente fica na encruzilhada a vida toda,
E quando escolhe o caminho,
Vem um caminhão desgovernado,
E os pés que achavam ter ganho o mundo, desatam no chão!

Fica uma mala de couro cheia de lembranças,
Aquelas surradas sapatilhas vermelhas,
E de quebra, um coração todo amassado.

Só então agente percebe que pra remendar os frangalhos,
A solução é retomar com os próprios pés ao amor sem dor,
E como mendigo, tirar do bolso as duas palavras que restaram:
Perdão, voltei.

De dois

Bigamia é crime,
E coração partido, é o que?

Amor de dois, pode ser amor de três?
Ou será que dá cadeia?

Na dúvida, joga as alianças no lixo,
E manda o coração pro convento.
 
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