Não, nada!

Os pedaços de pão velho,
A sopa rala e insosa,
A raiva que passa e volta,
O amor que se foi bate a porta, retorna.

Dos olhos mal dormidos a lágrima rola,
Os dedos finos que se apertam e sufocam,
A magreza fúnebre, a esterelidade mórbida,
Apagam-lhe o brilho e a boca vermelha desbota.

O olhar de estrela ao céu se desloca:
"O amor é triste, minha mãe..."
A lua se volta de forças e diz:
"Não. A vida que é".

2 comentários:

Aíla Muniz disse...

Que coisa...triste :x

David disse...

Muito profunda a poesia, mas de certa forma não triste, porem saudosista.

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